Interessante trecho de um artigo sobre a presença medíocre de marcas brasileiras no mundo, publicado em Exame):
“Marcas, portanto, não são fundamentais apenas pelo fato de aparecerem estampadas em logotipos bacanas. A marca simboliza e encerra a relação entre uma empresa e seus públicos – e essa talvez seja a sua função mais importante. É por meio da marca que uma companhia torna únicos os seus produtos e singulariza sua imagem corporativa. O objetivo último de uma marca é tornar determinado produto – e a empresa que o fornece – insubstituível. Isto é: diferenciar uma oferta a tal ponto, construindo ao seu redor um conjunto particular de atributos e benefícios, que o consumidor a considere a um tempo imprescindível, inconfundível e impermutável. A meta é criar na demanda uma decisão de compra baseada na assunção de que ”é este produto ou nada – porque de fato não há outro produto como este”.
É com a diferenciação elevada a esse patamar que a companhia ganha o poder de decidir sobre o preço e a margen de lucro de seus produtos. E é assim que a empresa desenvolve vantagens competitivas (termo cunhado por Michael Porter na década de 80, hoje universalizado na língua dos negócios mundo afora) vis-à-vis seus concorrentes”.
(Trecho de artigo de Adriano Silva publicado EXAME/ 11 DE MARÇO DE 1998)